quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Escorpião Rei: Arquelogia

Escorpião I foi o primeiro dos dois reis assim chamados do Alto Egito durante o período proto-dinástico. Seu nome pode se referir à deusa escorpião Serket.
Acredita-se que viveu em Tinis um ou dois séculos antes do reinado do melhor conhecido rei Escorpião II de Nekhen e é provavelmente o primeiro rei verdadeiro do Alto Egito. A ele pertence o túmulo U-j encontrado no cemitério real de Abidos, onde foram enterrados os reis tinitas. Sua tumba é notável por seu tamanho, quantidade de bens e pelos primeiros hieróglifos conhecidos.[1][2] Este túmulo também reproduz um modelo de palácio.[2]

A tumba foi saqueada na antiguidade, no entanto, foram encontradas muitas placas pequenas de marfim, cada uma com um furo para amarrá-la a alguma coisa, e cada uma marcada com um ou mais hieróglifos arranhados que é pensado serem nomes de cidades, talvez para amarrar oferendas e tributos para acompanhar o que veio de cada cidade. Duas dessas placas parecem ter o nome das cidades de Buto e Baset, no Delta, mostrando que os exércitos do rei Escorpião I havia penetrado no Delta do Nilo. Pode ser que as conquistas de Escorpião I iniciou o sistema hieróglifo, iniciando a necessidade de manter registros e informações por escrito.[3]

Em Gebel Tjauty foi encontrado pelo professor John Darnell da Universidade de Yale um grafite que narra uma possível vitória de Escorpião I sob um líder regional vizinho que ele capturou.[2] Na imagem é possível perceber a pessoa capturada com as mãos amarradas para trás ao lado do governante que esta segurando em uma mão uma clava e na outra a corda.[2] Também é possível perceber um pássaro bicando uma serpente (o que pode significar um símbolo de "vitória" ou então um nome/região; este símbolo é encontrado em outros locais), um escorpião e um falcão.[2] Uma segunda interpretação da imagem sugere que a pessoa capturada representa de forma figurativa a conquista da elite naqadana que durante o período estava em declínio.[2] O rei derrotado ou o lugar é chamado no grafite de "Cabeça de Touro", uma marcação também encontrada no túmulo U-j.[3]

Na Núbia foi encontrada uma pedra com um grafite de um grande escorpião atacando um homem com as mãos atadas às costas.[4] Ainda há dois arqueiros cada um em uma ponta do grafite olhando a cena.[4] Este grafite possivelmente é do rei Escorpião I e pode representar uma invasão punitiva da Núbia.[4]

O túmulo do rei Escorpião I é conhecido no circuito de arqueologia como possível evidência do consumo do vinho antigo. Na busca da tumba, os arqueólogos descobriram dezenas de jarros importados de cerâmica contendo um resíduo amarelo consistente com vinho, datados de 3150 a.C. Sementes de uvas, casca e polpa também foram encontrados.[5]
http://pt.wikipedia.org/wiki/Escorpi%C3%A3o_I

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Escorpião II, também conhecido como Escorpião Rei foi o segundo dos dois reis assim chamados do Alto Egito durante o período protodinástico.[2] Seu nome pode remeter para a deusa escorpião Serket. O nome de sua consorte foi Shesh I,[1] a mãe de Narmer e a bisavó de outra rainha, Shesh II.
A única evidência pictórica de sua existência é a chamada Cabeça da clava de Escorpião que foi encontrada no Depósito principal por James E. Quibell e Frederick W. Green em um templo em Nekhen (Hierakonpolis) durante a escavação de 1897/1898.[3] Está atualmente em exposição no Ashmolean Museum, em Oxford. A estratificação desta clava foi perdida devido aos métodos das escavadeiras, mas seu estilo parece do período pré-dinástico.[4] Apesar de danificado, as partes visíveis são extraordinários registros do início da história egípcia. Acredita-se que tenha vivido um pouco antes ou durante o reinado de Narmer em Tinis por este motivo, e também pelo conteúdo da clava.
Escorpião II também foi identificado por um grande grafite em de Gebel Sheikh Suleiman.[2][nota 1] O túmulo deste rei nunca foi identificado, no entanto, foi especulado que poderia ser a quarta camada do túmulo B50 de Abidos ou então a tumba 1 do local 6 de Hierakonpolis.[2]

A Cabeça da clava de Escorpião representa uma grande figura única com a coroa branca do Alto Egito. Ele possui uma enxada, que foi interpretada como um ritual que envolve o faraó cerimonialmente cortando a primeira estria nos campos, ou então abrindo diques para inundá-los.[5] O nome "Escorpião" é derivado da imagem de um escorpião que aparece imediatamente na frente de seu rosto, que pode representar a deusa escorpião Serket, logo abaixo de uma flor de sete pétalas; o uso e a colocação da iconografia é semelhante à representação do faraó Narmer no lado oposto da Paleta de Narmer. Hieróglifos protodinásticos são difíceis de ler, mas os abibes mortos (o que significa os Baixo egípcios) e nove arcos (ou seja, os inimigos tradicionais do Egito) encontrados na clava são interpretados como evidência de que ele começou ataques contra o Baixo Egito, que acabou resultando na vitória de Narmer e a unificação do Egito.[6] O abibe também foi usado como um hieróglifo que significa "pessoas comuns", portanto, os padrões aos quais estão anexados podem representar os nomes de cidades particulares que Escorpião conquistou.[7]
Um segundo fragmento menor da clava é referido como a Cabeça Menor da Clava de Escorpião.[8] Pouco resta dessa clava, embora claramente mostra o faraó usando a Coroa Vermelha do Baixo Egito
Há diversas teorias a respeito de sua identidade. Alguns argumentam que, porque os reis egípcios da I dinastia parecem ter tido vários nomes,[9] Escorpião era a mesma pessoa que Narmer, simplesmente com um nome alternativo. Outros identificaram Escorpião Rei como o antecessor de Narmer, Ka (ou Sekhen); Edwards em 1965, considerou o glifo de Ka, os braços abertos do sinal Ka, como simplesmente uma versão estilicamente diferente de um escorpião.[10] A historiadora Susan Wise Bauer sustenta que Escorpião II e Narmer eram realmente dois reis separados, mas Escorpião II reinou em 3200 a.C., um século antes de Narmer.[11] Como Escorpião II não é atestado em Abidos, ele poderia ser contemporâneo de Narmer, que eventualmente perdeu ou legou Nekhen para Narmer.
Um programa de televisão britânico[12] propôs que a cabeça da clava foi uma homenagem do rei Narmer a Escorpião I (cuja tumba em Abidos é conhecida). Segundo esta teoria, só havia um escorpião rei protodinástico, ao invés de dois como comumente se postulava.

 

2 comentários:

  1. Amiga Carla

    A existência destes Escorpião I e II do Alto Egipto era até agora totalmente desconhecida para mim.

    Gostei de ler e, uma vez mais, aprendi.

    Beijinhos amigos

    ResponderExcluir
  2. Tétis, querida amiga!

    Então... Achei mto interessantes esses textos e, como sou fã de carteirinha do Escorpião Rei (filme), fui pesquisar para saber se realmente existiu algo parecido - e achei! kkkkkk...

    Bjinhosssssssss

    ResponderExcluir

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